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Três Arroios sediou Seminário Microrregional de Leite

O mA Prefeitura de três Arroios juntamente com a Emater/Ascar promoveram o Seminário Microrregional de Leite, realizado em Três Arroios, na terça-feira (03/12), reunindo produtores de Três Arroios, Severiano de Almeida, Mariano Moro, Erechim, Paulo Bento e Gaurama.

As palestras técnicas foram realizadas, na parte da manhã, no auditório da Escola Estadual Nossa Senhora de Lourdes. O médico veterinário da Tortuga, Francisco Van Riel, falou sobre Sistemas Confinados de Produção de Leite. Ele destacou as vantagens dos modelos de confinamento Composto Barn e Free Stall. Segundo ele, o confinamento é uma das alternativas. No entanto, o modelo exige planejamento no sistema de forrageira para alimentar o rebanho, pelo menos por um período de um ano. “Quando o produtor optar pelo sistema de confinamento, ele deve projetar o estoque de alimento por 12 meses”, reafirmou. Riel chamou atenção para as dimensões adequadas nos dois sistemas de confinamento e outros fatores determinantes para a qualidade da produção leiteira.

Na sequência, o engenheiro agrônomo e doutor em Agroecossistemas da Emater/RS-Ascar, Vilmar Fruscalso, palestrou sobre o tema Criação da Bezerra. Fruscalso destacou cuidados no manejo no pré e pós-parto, da importância do uso do colostro (primeiro leite da ordenha) na alimentação da bezerra nas primeiras 24 horas de vida, alimentação balanceada, sanidade animal, entre outros fatores que vão influenciar na qualidade e produtividade leiteira.

Após as palestras aconteceu pronunciamentos das autoridades e lideranças municipais e regionais. O prefeito Lírio Zarichta e o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Gilberto Tonello, agradeceram as parcerias e os promotores do evento. Também se manifestaram representantes do Sicredi, Cresol e Alfa, entre outras entidades.

 

Estações

Na parte da tarde, a programação foi sediada na propriedade da família Alenbrandt, localizada na Linha Napoleão, com orientações repassadas em três estações. O casal Evandro Carlos e Elisete Maria Alebrandt, juntamente com os filhos, recepcionou os participantes.

Em uma das estações, a família apresentou os avanços na granja leiteira, obtidos com investimentos em genética, nas instalações e em tecnologia. Henrique, de 18 anos, um dos filhos do casal, expôs o uso do Programa de Melhoramento Genético (GDPL), que permite o acompanhamento dos dados gerenciais zootécnicos da propriedade através de aplicativo.

A família anunciou o incremento de 96% do volume de leite em menos de dois anos. “Em fevereiro de 2017, tínhamos 17 animais, produzindo 5.926 litros/mês. Em 2019, esse número subiu para 11.637 litros/mês, com o mesmo número de animais”, comparou. Nesta estação, também participou o técnico da Alfa, Luciano Smaniotto, que também explicou a eficiência na atividade leiteira com a família.

Em outro espaço, Vilmar Fruscalso fez recomendações para a Qualidade do Leite, com foco em ações de manejo correto dos animais, higienização das instalações e equipamentos. Também reforçou orientações sobre às instruções normativas 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tratam da qualidade do leite e dos procedimentos para produção, conservação, transporte e recepção do alimento nos laticínios. De acordo com a nova legislação, os parâmetros desejáveis referentes à Contagem Padrão em Placas deve ser, no máximo, de 300 mil Unidades Formadoras de Colônia por mililitro (UFC)/ml), e a Contagem de Células Somáticas (CCS) de, no máximo, 500 mil células por mililitro (CS/ml).

Na terceira estação, Rogério Vedelago, da empresa Milk Seeds, falou sobre Alimentos Conservados. Ele destacou as vantagens de silagem de milho, além de outras alternativas de alimentação, como silagens de sorgo e de trigo. “O produtor tem que administrar e saber qual é a opção mais produtiva e rentável economicamente para a sua propriedade e rebanho”, observou.

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